quarta-feira, 26 de maio de 2010

Objetivos deste blog:

Acredito na construção conjunta do conhecimento. Sendo assim, quero que este blog funcione como uma ferramenta para disseminação dos conhecimentos sobre a arte de musicalizar, crianças, 3ª idade e adultos.
Quero construir e registrar pesquisas e práticas educativas que envolvam jogos, brincadeiras, dinâmicas, canções, bandinhas rítmicas, flauta doce, folclore, danças de roda, construção de instrumentos, partituras, canto coral, dicas etc.
Também divulgar eventos, cursos, oficinas, livros, festivais, projetos sociais, matérias sobre música, re-implantação da música como disciplina nas escolas e intercambios.
Enfim, este será um noteador para que eu mesma ou pessoas interessadas em musicalizar, possamos nos aprimorar, questionar, auto-avaliar e principalmente construir um perfil de trabalho ideal, no qual possamos nos orgulhar!
Sejam bem vindos e estejam à vontade para interagir neste bolg.

Abraços Musicais!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O papel da Inclusão digital no processo educativo

Inclusão Digital ou Infoinclusão, como também é denominada; é a inserção de "todos" na sociedade da informação e comunicação.
A internet é o meio de comunicação mais utilizado no mundo inteiro, sendo o melhor e mais rápido meio de comunicação do mundo atual.
Considera-se incluído digitalmente aquele que usufrui desse suporte para melhorar suas condições de vida, simplificando sua rotina diária, maximizando o seu tempo e suas potencialidades, tendo autonomia e defendendo seus próprios interesses. Não aquele que apenas troca emails.
Para que a inclusão digital aconteça é preciso três instrumentos básicos: o computador, o acesso à rede e o domínio dessas ferramentas.
Muito em breve, quem não estiver incluído digitalmente, viverá uma limitação social da qual perderá os direitos de exercer a cidadania e também o acesso pleno à educação.
A infoinclusão promove o desenvolvimento auto-sustentável, refletindo na capacidade do cidadão aprender, construindo seus conhecimentos e conscientizando-se do seu potencial criador.
Para haver inclusão digital, a inclusão social torna-se primordial, precedida ainda de "educação", senão acaba sendo para uma minoria.
Atualmente, apenas 17,8% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet (web), e em todo o Brasil existem apenas 6000 Telecentros funcionando para a população carente.
Embora a meta do governo federal seja que em 2014, 50% dos brasileiros tenham acesso às TICs (Tecnologias de informação e comunicação), a integração das tecnologias pode causar um abismo social ainda maior entre ricos e podres, uma vez que determinadas tecnologias, como por exemplo, a que permite o diálogo por voz na internet (VOLP), necessitam de no mínimo, bons computadores e banda larga.
A população mais pobre e carente não se beneficiará de poder fazer trâmites pela internet, continuando a utilizar a telefonia tradicional e pagando mais caro por isso.
Considero que o caminho menos sinuoso e mais rápido a se incluir digitalmente com objetivos sociais, é objetivando a educação, nos moldes definidos por Paulo Freire (1970), em que a mesma deve estar sempre interligada à realidade dos alunos, tendo como ponto de partida as necessidades educacionais e não a tecnologia pela tecnologia somente.
A proposta mais viável para Escolas, Projetos Sociais, Telecentros, Programas de Acesso e Oficinas, é possibilitar que as pessoas experenciem o "empowerment", ou seja, a possibilidade de potencialização das capacidades, especialmente daqueles menos privilegiados por causa da idade, renda, nível de escolaridade, deficiência, ou outros rasgos discriminatórios, revitalizando pessoas que tenham perdido a esperança e a autonomia, ajudando-as a desenvolver seus pontos fortes em vez de centrar-se em suas debilidades.
A internet permite a comunicação segmentada, onde pessoas com interesses e características comuns, possam interagir em comunidades específicas, mesmo estando distanciadas geograficamente. Esse tipo de comunicação e de softwers específicos e assistidos, permite uma nova modalidade de ensino, que vem crescendo bastante em quantidade e qualidade em nosso país, que é a Educação à Distância, nos colocando num patamar onde as mesmas tecnologias utilizadas em países considerados modelos de desenvolvimento já o fazem com maestria e credibilidade.
Outro fator importante sobre o papel da inclusão digital no processo educativo é a necessidade urgente de os professores ultrapassarem suas resistências em relação à utilização das novas TICs, adotando uma nova postura pedagógica, novas formas de se relacionar com o aprendizado dos alunos, totalmente diferenciado do ensino tradicional.
Para que as tecnologias não aumentem as desigualdades sociais, é preciso que ocorram mudanças necessárias à educação, fazendo-a basear-se em quatro aprendizagens fundamentais ao longo da vida, conforme visão de Jacques Delors (1998), em conferência para UNESCO: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser.
Uma solução para que pessoas que residem nas zonas rurais ou afastadas dos grandes centros, seria o governo federal colocar em prática, projetos que já estão em fase de discussão nos plenários; como a conexão móvel via rádio ou com o usos de redes de fibra óptica (como já acontece no Pará).
A viabilização poderia acontecer através de uma grande estatal (no caso a TELEBRÁS), através de redes públicas entregues à iniciativa privada ou mesmo, conjugando empresas públicas e privadas para administrar.
As comunidades devem procurar por parcerias entre prefeituras e empresas, que promovam cursos gratuitos que capacitem para: o domínio do teclado e mouse, sistemas operacionais e internet, editor de textos, confecção de planilhas eletrônicas, digitação, programação, desenvolvimento de sites, manutenção de micro computadores, aplicação de softwers, Dosvos (para deficientes visuais), Motrix (para deficientes motores graves como, tetraplegia e distrofia muscular), projetos que inseram ao mercado de trabalho e programas especiais para a 3ª idade; proporcionando também a inclusão digital à idosos.
Muito há por fazer neste vasto campo da inclusão digital para que a mesma venha contribuir para uma sociedade capacitada e com maior qualidade de vida. Somos responsáveis por melhorar nossas condições de vida e daqueles que nos cercam através do uso consciente das TICs.
Referências:
Disponível em:
Acessos em 21/05/2010.

Musicalizando e Aprendendo

Otimizando o trabalho com arte-educação.